sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EU EM TI


EU EM TI (Adalgisa Nery)

Desejaria estar contigo quando eras o

pensamento de deus

Quando tua mãe te concebeu e te

alimentou com a sua vida

Desejaria estar contigo na primeira

vez que distinguisse formas as cores e os sonhos

Desejaria estar contigo no primeiro vestígio de tua velhice

e ainda eu desejaria estar contigo no momento da separação da tua alma,

na decomposição de tuas carnes, do teu cérebro, de tua boca, de teu sexo.

Para poder continuar contigo num mundo sem espaço e sem tempo.

O essencial é saber ver

O essencial é saber ver.
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a 
alma vestida!)
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender.
Fernando Pessoa


Segundo Yoshi Oida, os limites estimulam a intensidade, e “o compromisso com um conjunto de regras liberta nossa criação e a faz atingir uma profundidade e um vigor que de outra forma seriam impossíveis” (2001, p.85). “Pode-se dizer que não há liberdade se não se paga o preço do ascetismo”, este entendido como “limitação do eu”, acrescentaria Jerzy Grotowski (BARBA, 1995, p.237).
Neste contexto é importante falar sobre a repetição. Barba ensina que os exercícios de   cada   ator   “são   repetidos   como   as   palavras   de   uma   língua   estrangeira   que   se   deseja aprender,   de   modo   mecânico”   (1995,   p.   245),   para   mais   tarde   serem   absorvidos   e começarem a ter seu próprio desenvolvimento. De fato, a repetição é ato fundamental para que se atinja um estado em que a técnica é incorporada pelo ator, até o ponto em que ele passa a ter total controle sobre as regras criadas, de forma que elas se tornem tão naturais que desapareçam.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

???medidas???

11 cm x 8 cm à 5 cm x 3 cm










quarta-feira, 24 de agosto de 2011

continuando...

‘...o nosso ser não se encontra no pensamento. O nosso corpo sabe infinitamente mais que a nossa cabeça. O corpo é sábio, mesmo sem pensar sobre a sua sabedoria. Palavra da psicanálise. Digo , inclusive, que a palavra inconsciente é apenas o nome para os pensamentos que moram no corpo, sem que a cabeça tenha deles notícia.’  (Rubem Alves)
' A arte, por conseguinte, ao se colocar entre a experiência direta do real e a sua conceituação, faz-nos atentar para a especificidade de cada experiência frente a um objeto ou situação, ainda que eles possam ser classificados em categorias gerais de acordo com a linguagem, a filosofia ou a ciência. O objeto artístico é sempre uma concretização do conceito, o desvelamento de um caso particular e único que jaz subsumido na generalidade de uma idéia ou abstração. Assim, dentre todas as infinitas alegrias reais abarcadas pelo  conceito ‘alegria’, Beethovem nos mostra uma, e somente uma,  através do último movimento de sua Nona Sinfonia, o Hino à Alegria. Enquanto a arte se detém no único, o conhecimento intelectivo busca o genérico, o comum a todos; a cadeira de Van Gogh é aquela e apenas aquela, dentre as infinitas que o termo ‘cadeira’ pretende representar. ‘ (João – Francisco Duarte Jr.)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cornelia Parker



O Beijo, de Rodin, em releitura de Cornelia Parker, A Distância.




Baise-moi, ela disse.
Beijá-la, ele entendeu.
Uniram-se em um desastre, assim.
Cada qual em seu idioma.


Eu e o Outro...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011