sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Exposición N° 1

Natividad, o cachorro que morreu em nome de uma duvidosa arte

Guillermo Vargas Habacuc, um artista costarriquenho em agosto de 2007,  criou uma instalação intitulada “Exposición N° 1″, em uma mostra realizada na Galeria Códice, localizada em Manágua, capital da Nicarágua. Ao som do hino sandinista tocado ao contrário, os visitantes se deparavam, na entrada da exposição, com uma frase na parede (“eres lo que lees”) cujas letras eram formadas por comida de cachorro.
Somos o que lemos?
Logo adiante, os visitantes eram surpreendidos pela seção mais polêmica da instalação de Habacuc: um cachorro enfermo, que teria sido capturado nas ruas de Manágua, preso em um canto da galeria. Segundo o artista, sua obra representava uma homenagem a Natividad Canda, um nicaraguense morto recentemente devido a um ataque feito por dois cães da raça rottweiler. Justificou, desta maneira, a captura de um cachorro indefeso e doente, que também recebeu o nome de Natividad. Que não recebeu nenhum auxílio veterinário, não foi alimentado e, apesar dos pedidos de vários freqüentadores da exposição para que fosse solto, permaneceu amarrado até o dia seguinte à inauguração da instalação, quando morreu de fome diante dos olhares dos espectadores.
Quem é o verdadeiro animal nessa história?
Diante da polêmica que certamente desejava causar, Guillermo Vargas Habacuc afirmou: “O importante para mim era constatar a hipocrisia alheia. Um animal torna-se foco de atenção quando o ponho em um local onde pessoas esperam ver arte, mas não quando está no meio da rua morto de fome”. E arrematou: “O cachorro está mais vivo do que nunca porque segue dando o que falar”.
FONTE: http://pensarenlouquece.com/

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