quarta-feira, 24 de agosto de 2011

continuando...

‘...o nosso ser não se encontra no pensamento. O nosso corpo sabe infinitamente mais que a nossa cabeça. O corpo é sábio, mesmo sem pensar sobre a sua sabedoria. Palavra da psicanálise. Digo , inclusive, que a palavra inconsciente é apenas o nome para os pensamentos que moram no corpo, sem que a cabeça tenha deles notícia.’  (Rubem Alves)
' A arte, por conseguinte, ao se colocar entre a experiência direta do real e a sua conceituação, faz-nos atentar para a especificidade de cada experiência frente a um objeto ou situação, ainda que eles possam ser classificados em categorias gerais de acordo com a linguagem, a filosofia ou a ciência. O objeto artístico é sempre uma concretização do conceito, o desvelamento de um caso particular e único que jaz subsumido na generalidade de uma idéia ou abstração. Assim, dentre todas as infinitas alegrias reais abarcadas pelo  conceito ‘alegria’, Beethovem nos mostra uma, e somente uma,  através do último movimento de sua Nona Sinfonia, o Hino à Alegria. Enquanto a arte se detém no único, o conhecimento intelectivo busca o genérico, o comum a todos; a cadeira de Van Gogh é aquela e apenas aquela, dentre as infinitas que o termo ‘cadeira’ pretende representar. ‘ (João – Francisco Duarte Jr.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.