sábado, 18 de dezembro de 2010

Simbolismo

“O artista é um homem que não pode se conformar com a renúncia à satisfação das pulsões que a realidade exige. Toda arte é o desenho do desejo. O artista dá livre vazão a seus desejos eróticos e fantasias A realidade interdita o tempo todo. Desde coação social até a gramática.  A obra de arte se caracteriza pela transgressão, por não obedecer à gramática.”    
Sigmund Freud


Pesquisando novas realidades
O final do século XIX foi um período bastante interessante e rico da história. As pesquisas em arte a partir de então se desenvolveram num ritmo acelerado. Tudo que acontecia parecia estimular os artistas: transformações, desenvolvimento da ciência, conflitos. Nessa época Freud já havia criado a psicanálise e apontado para a importância dos sonhos e dos mitos. A influência dessa teoria no campo artístico resultou no Simbolismo, movimento que explorava  o mundo imaginário, repleto de signos misteriosos.
O Simbolismo foi um movimento lançado por um poeta de origem grega, Jean Moreas, em 1886. Pretendia ser uma crítica à sociedade científica e industrial, desenvolvendo uma arte baseada nos significados íntimos da imaginação humana. Nessa arte, destacaram-se Redon e Denis Klimt, na Europa, e Eliseu D’Angelo Visconti, no Brasil.
Filosofia da composição de Cruz e Sousa
A arte poética de João Cruz e Sousa pertence à escola simbolista, que começou a manifestar-se entre nós no fim do decênio de 1880, mas que instaurou decisivamente em 1893, quando o poeta publicou Missal, poemas em prosa, e Broquéis, em versos. Para Antonio Candido e José A. Castello,  o Simbolismo se opõe tanto ao Realismo quanto ao Parnasianismo, situando-se muito próximo das orientações românticas, de que é em parte uma revivescência. Não aceitando a separação entre sujeito e objeto, entre artista e assunto, para ele objetivo e subjetivo se fundem, pois o mundo e a alma têm afinidades misteriosas, e as coisas mais díspares podem revelar um parentesco inesperado.”

COSTA, Cristina. Questões de arte. Editora Moderna. 2004;
GONÇALVES, José Aguinaldo. Literatura Comentada.Nova Cultural,1988.
postado por maíra barbosa

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